01/11/24 - Índice
O contraste entre as promessas de desenvolvimento e a realidade, anos depois, da usina de Belo Monte, deveriam servir de alerta contra o desejo intransigente de explorar de explorar petróleo na Margem Equatorial. O IBAMA agora é o vilão contra o desenvolvimento, como quem se opunha a Belo Monte também era, até que a usina passou a ser prejudicada pelos impactos da crise ambiental que ela mesma ajudou a piorar, depois de ter degradado o ambiente, a sociedade e a cultura no seu entorno.
A parcela da mídia e da classe política que defende a exploração e a demonização do IBAMA são os primeiros a ganhar com isso, seja pela associação à ideia de desenvolvimento, no caso dos políticos, seja porque daqui alguns as consequências nefastas da irresponsabilidade de hoje vão render boas reportagens sobre a desgraça, sempre lamentando os mesmos erros cometidos em nome das mesmas fantasias.
O “zelo ideológico” de hoje inevitavelmente vai se transformar no atraso e no empobrecimento da população amanhã.